Segundo o relatório de balneabilidade – que avalia e sinaliza a qualidade da água para banho de mar em João Pessoa – a cidade de Cabedelo não tem nenhum trecho de mar próprio para banho. Além disso, dos 20 trechos de mar analisados em João Pessoa, em 19 recomenda-se evitar aproveitar o mar neste fim de semana. Os dados foram publicados na tarde desta sexta-feira (3), pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema). O motivo para as recomendação é a concentração de bactérias na água, causada pela presença de esgoto no mar (saiba mais abaixo).
Ainda segundo o estudo, apenas os municípios de Mataraca, Rio Tinto e Baía da Traição têm todos os trechos liberados para o banho de mar. A análise tem validade entre até a próxima sexta-feira (10), quando é divulgado um novo estudo.
Não é de hoje que o boletim aponta a situação preocupante nas praias do litoral paraibano. Apesar de ser um destino muito procurado pelos turistas, esgotos clandestinos poluem praias e ameaçam saúde e turismo na Paraíba.
Em recente entrevista, o superintendente da Sudema, Marcelo Cavalcanti, disse que os esgotos que contaminam as praias do Litoral paraibano estão sendo lançados de forma clandestina, sem tratamento, em galerias pluviais (que captam água da chuva). E, por parte das autoridades, ainda falta o principal:identificar quem está lançando os esgotos.
Questionado pela reportagem, o superintendente da Sudema afirmou que uma análise superficial sugeriu que grande parte dos lançamentos de esgoto clandestino nas praias paraibanas é feito por prédios comerciais, como hotéis e restaurantes.
A autarquia estadual ainda sinaliza que os banhistas que têm contato com a água do mar contaminada podem estar expostos a bactérias, vírus e protozoários. Crianças e idosos, ou pessoas com baixa resistência, são as mais suscetíveis a desenvolver doenças ou infecções após terem se banhado em águas contaminadas.
Em decorrência da situação, um protesto expontâneo está agendado. Denonimando como “Esgotei”, o objetivo do movimento é de chamar atenção das autoridades e dos responsáveis pelos lançamentos irregulçares no mar e apresentar as consequências das ações. O ato está programado para acontecer no dia 11 de maio, no Busto de Tamandaré, às 7h.